quinta-feira, 16 de novembro de 2017

AMOR NÃO SE COMPRA


Na aldeia da impunidade, todos os caciques da corrupção são muito talentosos. É preciso muita habilidade para transitar nos meandros da desonestidade, da troca de favores e da busca de vantagens indevidas. Mover-se neste mundo de conveniência e deslealdade demanda esperteza e grande quantidade de energia.

Tais caciques se comportam como os empregados da parábola dos talentos, cujo patrão viajou para o estrangeiro, mas com uma diferença: desconsideram totalmente o patrão e não levam em conta o seu retorno. Na aldeia da impunidade, se o patrão designa Deus, muitos dos caciques até citam Seu Santo Nome, mas agem como se Ele não existisse e se mantêm na direção oposta à de Sua Justiça. Faltam-lhes comprometimento e empatia. A exemplo daquele que enterrou o talento, enterram-se na lama de tramoias e negociatas das quais poucos saem ganhando e quase todos no final perdem.

Trabalhar na lógica do Reino também exige talento, aliado à capacidade de enxergar além dos próprios interesses. Implica em perceber que as verdadeiras e duradouras vantagens são aquelas em favor de todos, especialmente dos mais frágeis e que, por motivos tão diversos e complexos quanto à natureza humana, sofrem as agruras da vida. São os pobres, os crucificados de nosso tempo.

Neste sentido, celebrar o Dia Mundial dos Pobres é, ao mesmo tempo, graça e provocação. Graça porque, ao contemplarmos de coração aberto a pobreza da qual o Senhor se investiu em Cristo, podemos mais uma vez perceber que, quanto mais desapegados formos, mais felizes podemos ser. Provocação pelo fato de nos recordar que a dura realidade de privação do básico que milhões de nossos irmãos e irmãs enfrentam no mundo poderia ser transformada se todos soubéssemos viver e conviver com maior atenção àqueles que passam necessidade, se soubéssemos trabalhar com maior empenho e competência os talentos que o Senhor coloca à nossa disposiçãoFont.e Meditação Diária

 

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