sábado, 21 de novembro de 2015

Francisco ensina como sair da tristeza

O alegre Francisco garantia que o remédio mais seguro contra as mil armadilhas e astúcias do inimigo era a alegria espiritual:

– A maior alegria do diabo reside em roubar do servo de Deus o gozo do espírito. Carrega um pó para jogar nos menores meandros da consciência, para emporcalhar a candura da mente e a pureza da vida. Quando os corações estão cheios de alegria espiritual, porém, a serpente derrama à toa o veneno mortal. Os demônios não conseguem fazer mal ao servidor de Cristo quando o vêem transbordante de santa alegria. Quem tem o ânimo choroso, desolado e triste é facilmente absorvido pela tristeza ou então é levado a alegrias vãs. 

Por isso, segundo Frei Tomás de Celano, Francisco procurava sempre viver no júbilo do coração, conservando a unção do espírito e o óleo da alegria. Evitava, com muito cuidado, a horrível doença da tristeza, a tal ponto que era só sentir fraquejar um pouco, ele já corria a rezar. Dizia: – Quando o servo de Deus se sente perturbado por alguma coisa, como acontece, deve levantar-se quanto antes para rezar e ficar firme diante do Pai supremo até que lhe devolva a alegria salutar. Porque se a tristeza demorar muito, fará desenvolver-se o mal babilônico que , se não for lavado pelas lágrimas, produzirá no coração uma ferrugem que permanecerá. 
Francisco, desde a conversão até a morte, foi fiel ao propósito de “possuir e conservar, no corpo e na alma, a santa alegria”. Ele sabia que a tristeza é uma das filhas prediletas do inimigo. O importante é não dar-lhe brecha. E isso acontece à medida que nos empenhamos em manter a alegria e o bom humor tanto na tribulação quanto na prosperidade. A alegria é dom do Espírito Santo. Devemos pedir essa graça confiantes em nossa oração. 
Quando era tomado de tentação, tristeza, desânimo, Francisco não se isolava, não se fechava em seu mundo particular, mas bastava-lhe contemplar a alegria de um companheiro para passar à alegria interior.  


Resultado de imagem para francisco sempre alegrePodemos extravasar nossa alegria interior de diversos modos. Depende da criatividade de cada um. Nisso, Francisco é rico. De acordo com o testemunho de Frei Tomás, Francisco apanhou dois pedaços de pau no chão e depois com gestos correspondentes imitava um violino. Saltitava e cantava alegremente, em alta voz, ao seu Senhor pelos bosques e campos. Frequentemente, essa festa e alegria toda acabava em lágrimas e o júbilo se dissolvia na compaixão para com a Paixão de Cristo.

 
Trecho do livro:

A Família de Jesus

Mt 12, 46-50
“Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que esta nos céus, será meu irmão, minha irmã e minha mãe”

O texto de hoje caracteriza a comunidade cristã como aquela que faz a vontade de Deus. Nela, Jesus ensina por intermédio de sua família, que esta do lado de fora, dizendo que o povo no qual Ele reunia para escutar a palavra de Deus, constitui uma família ampla em relação a sua família de parentela.
Nesta parábola, o Senhor mostra que cada um faz parte da vida do outro e que tem a mesma importância como qualquer um, e não somente o meu maior amigo ou a pessoa que tem o meu sangue é que faz parte da minha vida. Isso porque somos todos filhos do mesmo Pai. Logo, constituímos uma só família.

É mais uma lição que a Palavra nos dá sobre o comportamento que devemos ter diante do Senhor, e termos sempre o cuidado com o nosso maior inimigo (“Eu”). Isto porque, ele (eu) só sabe fazer a vontade própria e não a vontade do Pai. Por isso, é sempre importante coordenar bem a vida, isto é, deixar ser conduzida pelo Senhor.


Assim sendo, Cristo Jesus vem pedir-nos que vivamos a nossa vida segundo os desejos de Deus, a fim de estarmos com Ele (Cristo) junto ao Pai como irmão mais velho.
fonte:.franciscanos Meditação diária.