terça-feira, 29 de agosto de 2017

Olavo Guerrero: É MUITA AGITAÇÃO

Olavo Guerrero: É MUITA AGITAÇÃO: Uma narração criativa dos eventos que culminaram em Atos 2 “Agitação” é a palavra que me ocorre quando penso nele . Não consigo esq...

É MUITA AGITAÇÃO



Uma narração criativa dos eventos que culminaram em Atos 2

“Agitação” é a palavra que me ocorre quando penso nele
. Não consigo esquecer quando o vi pela primeira vez, durante um culto sabático. Judite, uma viúva idosa que tinha as costas terrivelmente deformadas, aproximou-se de um rabi que estava de passagem por aquelas bandas, implorando ajuda.
Logo depois, estava de pé, ereta, pela primeira vez em anos! Como pôde ser possível?

Eu o vi mais vezes, em geral à distância
. Com boa saúde e relativamente bem sucedido, não acompanhava o desenrolar do trabalho daquele homem por nenhuma necessidade premente que eu tivesse.
 Era que eu adorava ouvi-lo ensinar, ver o semblante das pessoas quando ele as aliviava da dor, as curava ou lhes dava esperança.
.
Eu não tinha o tempo ou a inclinação para largar tudo como fizeram alguns dos seus seguidores mais próximos, mas gostava de vê-lo e ouvi-lo, sempre que nossos caminhos cruzavam
. Eu imaginava que o viria em Jerusalém na Páscoa¸ e não deu outra
. Ali também se instalou uma agitação quando ele entrou na cidade.
 Envolvido pela atmosfera de alegria, lá estava eu balançando ramos de palmeira com a multidão
. Talvez ele fosse mesmo mudar nosso mundo! Sem dúvida era um homem bom e, quem sabe ele não seria mais do que apenas mais um professor?
 Alguns o chamavam de Messias, o salvador do nosso povo.

Mas foram os rumores que surgiram alguns dias depois que deixaram meu coração em grande angústia: diziam que ele havia sido preso.
 Quando soube que ele fora levado diante de Pilatos, mal pude acreditar. Condenado à morte como um criminoso comum? Não podia ser verdade! O que fizera para merecer tal sentença? Não havia dúvida de que os líderes do templo invejavam sua popularidade e sucesso, mas daí a entregá-lo aos romanos era outra história.

Eu não suportaria passar perto de onde se deu a execução. Parecia tão injusto. Quando mais eu pensava no que estava acontecendo, menos entendia. Ele pregava uma mensagem de amor por Deus e pelo próximo e andara por toda parte ajudando os desassistidos. Abrira mão de tudo por amor aos outros. Será que Deus não poderia ter intervindo, feito algum milagre para salvá-lo?

Eu queria falar sobre minha confusão com alguns de seus amigos mais próximos, mão não conseguia encontrá-los. Diziam que estavam em um esconderijo. Então voltei para minha vila, ainda atordoado. Sabia que não havia chance de Jesus aparecer de novo naqueles lados e sentia saudades. Aquele professor maravilhoso que, tudo indicava, não tinha sido nada além disso, estava morto e enterrado.

Sete semanas depois, eu estava de volta a Jerusalém para o Shavuot —a festa de celebração da revelação das Leis de Moisés. Ainda queria conversar com seus seguidores sobre tudo que havia acontecido, mas como haviam desaparecido depois da sua execução, não tinha lá grandes esperanças de isso acontecer.

Nada parecia ter mudado na cidade ou em minha vida. Desde a Páscoa, Jerusalém parecia estar sob uma sombra, como se sentisse culpada por tantos dos seus cidadãos terem apoiado a execução de um inocente.

A cidade estava cheia de gente de toda parte, inclusive estrangeiros. Foi quando os avistei de novo e, como não podia deixar de ser, estavam em meio a uma agitação. Foi bom ver que os seguidores de Jesus estavam bem. Fiquei feliz por eles e também por mim, pois queria muito lhes perguntar sobre o que havia acontecido. Contudo, antes que eu tivesse a chance de me aproximar muito, um deles começou a falar em alto e bom som.

Era difícil de acreditar. Eu sabia que Jesus havia morrido, mas, segundo Pedro, que discursava, ele havia ressurgido dos mortos! Atônito ouvi-o citar e explicar as Escrituras. Não poupou críticas à maneira como as multidões apoiaram a crucificação de Jesus¸ mas ofereceu um caminho de reconciliação: “Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para que os seus pecados sejam perdoados.”

Foi um discurso longo, em que, além das explicações, Pedro nos pedia que recebêssemos a “dádiva de Deus”. Não consegui conversar com ele ou qualquer dos outros pessoalmente, mas tampouco precisei. Abri o coração em oração e me entreguei. Foi a melhor coisa que já fiz! Agora estou trabalhando com outros crentes para falar aos outros que Deus nos amou tanto que enviou Seu filho para morrer por nós, para que pudéssemos ser salvos.

Sim, Jesus continua agitando.


Lucas 13:10-13 (NVI-PT) Certo sábado Jesus estava ensinando numa das sinagogas, e ali estava uma mulher que tinha um espírito que a mantinha doente havia dezoito anos. Ela andava encurvada e de forma alguma podia endireitar-se. Ao vê-la, Jesus chamou-a à frente e lhe disse: “Mulher, você está livre da sua doença”. Então lhe impôs as mãos; e imediatamente ela se endireitou, e passou a louvar a Deus.

Atos 2:38 (NVI-PT) Pedro respondeu: “Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo.

João 3:16 (NVI-PT) “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
"Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe." Hebreus 12:5-6

Pensamento: As tribulações e dificuldades que se apresentam diante de nós muitas vezes não são compreendidas, mas o Senhor permite que sejamos provados para que nosso caráter seja moldado, para que estejamos mais próximos do Senhor, e para que tenhamos uma vida melhor logo após sermos corrigidos. Por isso, não precisamos murmurar em meio a tribulação, vamos adorar ao Senhor em todos as circunstâncias e certamente haverá recompensa.

Oração: Pai querido, obrigado pelas correções e pelas provações que fazem aproximar mais do Senhor. Ajuda-me a suportar sem murmurar e louvando ao Senhor em toda circunstância. Sei que minha vida lhe pertence, meus caminhos estão nas suas mãos, e o Senhor é pai e jamais deixaria seus filhos desamparados. Por isso guarda meu coração de toda tristeza, medo e amargura. Eu oro em nome de Jesus. Amém. 

Fonte: Devocional Diário.