domingo, 3 de janeiro de 2016

O PÃO DA VIDA


Eu sou o pão da vida” é uma das seis declarações de Jesus que começam com “Eu sou”.


O pão é considerado um alimento básico, tão básico que é usado como sinônimo de comida em geral
. Em algumas culturas, “dividir o pão” é compartilhar uma refeição com alguém.
O alimento é também essencial nos rituais da Páscoa Judaica, quando, como parte da celebração de quando seus antepassados deixaram o Egito, os judeus devem comer pães sem fermento por oito dias. No deserto, durante esse êxodo
, Deus fez chover “pão dos céus” para alimentar a nação.

Tudo isso se conjuga na cena descrita em João 6. Jesus estava inutilmente tentando se afastar das multidões. Numa dessas fugas, atravessou o Mar da Galileia, mas em terra firme, encontrou uma multidão à sua espera. Depois de um tempo com toda aquela gente, Jesus perguntou a Filipe o que ele e Seus outros discípulos planejavam fazer para alimentar todo mundo que estava ali. A resposta do discípulo denuncia sua “pequena fé”, pois ele explica que não têm dinheiro para dar ao povo sequer o mínimo dos mínimos para comer. Então, aparece André acompanhado de um rapaz que trazia cinco pães pequenos e dois peixes. Jesus aceitou a modesta oferta com a qual, milagrosamente, alimentou toda a multidão e ainda sobrou muita comida.
De volta ao outro lado da Galileia com Seus discípulos, Jesus encontra milhares das mesmas pessoas que alimentara no dia anterior, que O haviam seguido. Desagradado, Jesus as acusa de não valorizarem Seus sinais milagrosos, mas estarem ali atrás de boca-livre.
Em João 6:27, Jesus aconselha: “Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem lhes dará. Deus, o Pai, nele colocou o seu selo de aprovação.” Em outras palavras, estava lhes dizendo para não ficarem preocupados demais com a comida, a ponto de não perceberem que o Messias havia chegado. Então os judeus pedem que Jesus lhes dê um sinal de Deus. … Argumentam que Deus dera maná aos seus antepassados quando estes peregrinaram no deserto. Jesus lhes diz para pedirem pelo verdadeiro pão do céu, o qual dá a vida. Quando Lhe pedem por esse pão, Jesus os choca com a afirmação: “Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a Mim não terá fome, e quem crê em Mim jamais terá sede.”
Sem dúvida, a declaração foi extraordinária! Ao se equiparar ao pão, Jesus afirma que é essencial à vida que, nesse caso, não é física, mas eterna. … Assim, estabelece uma comparação contrastante entre o que Ele, o Messias, é e o pão que lhes havia provido no dia anterior. Mostrou a diferença entre o pão físico, que perece; e o espiritual, que produz a vida eterna.
A chave para entender essa pregação pode ser encontrada em outra, popularmente intitulada “Sermão da Montanha”, mais especificamente em Mateus 5:6: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos.” Ao garantir que os que a Ele recorressem jamais teriam fome e os que nEle cressem nunca sentiriam sede, afirmou que lhes aplacaria a necessidade de serem justificados aos olhos de Deus. …
Segundo a Bíblia, “Deus pôs no coração do homem o anseio pela eternidade”. Lemos também nas Escrituras de que não há nada que possamos fazer para merecermos ir para o céu, porque todos pecamos e a única coisa que podemos auferir com nossos pecados é a morte.
Ninguém é, por si, justo. … Ao morrer crucificado, Cristo tomou sobre si os pecados da humanidade, pagando por eles. Ao depositarmos nossa fé nEle, imputamos a Jesus nossos pecados e somos revestidos pela Sua justiça. Jesus satisfaz nossa forme e sede por justiça. Ele é o Pão da Vida.
Cristo compara as necessidades do ser humano à fome e à sede. A fome é algo real. Quem já a sentiu sabe que indica uma necessidade muito forte e que produz grande mal-estar físico, além de efeitos emocionais, uma verdadeira angústia. E que sofrimento neste mundo pode ser maior do que passar sede?
O coração também tem sua fome e quase inconscientemente clama: “Quem me dera ser amado e amar alguém, com um amor me preenchesse até transbordar.” Nossos corações são glutões com respeito ao amor.
Buscam aqui, ali, acolá e ficam extremamente desapontados, mas quando alguém descobre ser amado por Jesus Cristo desde antes a fundação do mundo, as buscas se encerram. O amor de Jesus elimina nossa fome por outros amores e preenche nossa alma! Ele se torna o Noivo de nossos corações, o nosso Amado, e assim nos despedimos das coisas mais comuns. — Charles Spurgeon (1834–1892), adaptação. Fonte:Meditação diária.


Mateus 6:33 (NVI-PT) Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas.
Romanos 12:2 (NVI-PT) Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Lucas 12:34 (NVI-PT) Pois onde estiver o seu tesouro, ali também estará o seu coração.



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