sábado, 4 de março de 2017

COMO VENCER A NÓS MESMOS ?






Está cansado da caminhada? Pensa em desistir? Nada disso! Tenha paciência! Não desanime, faça a sua parte e conte com a de Deus.
Jesus disse que “a carne é fraca” (Mt 26,41); carne na Bíblia significa a nossa natureza humana, fraca, miserável, depois que o pecado entrou em nossa história. 
Todos nós experimentamos isso, até mesmo São Paulo se lamentava, como podemos perceber em Romanos 7.

Mas, é preciso entender que a nossa santificação é mais um trabalho de Deus em nós, do que de nós mesmos.
 Não temos força e poder de vencer sozinhos o mal que há em nós.
 Por isso, precisamos lutar com todos os recursos que a Igreja nos oferece, mas sabendo que “é Deus quem, segundo o seu beneplácito, opera em nós, o querer e o fazer” (Fil 2,13


Deus nos conhece antes de sermos gerados. “Nele existimos nos movemos e somos” (At 17,28), e sabe como agir em nós para a nossa santificação.
 Temos de ter paciência não só com os outros, mas também conosco e saber esperar a maturação do nosso espírito, como acontece a maturação da flor e do fruto na natureza.

Deus nos dá lições diárias para a vida espiritual. 
A natureza não se cansa e não se exaspera; não desanima.
 Deus não tem pressa porque é eterno, o tempo é todo Dele.
 São Paulo diz ainda que “é Ele quem nos capacita”; Ele é “Aquele, cujo poder, agindo em nós, é capaz de fazer muito além, infinitamente além de tudo o que nós podemos pedir” (Ef 3,20). Então, paciência!
 Não desanime, faça a sua parte e conte com a de Deus.
Vamos fazer uma comparação para entender melhor isso.
 Jesus contou uma parábola sobre o Reino de Deus, comparando-o ao agricultor que lançou a semente na terra, e dormiu; levantou-se de dia e de noite, e a semente germinou sem ele saber como. 
Porque a terra, por si mesma, produz primeiro o caule, depois a espiga, e depois o trigo maduro na espiga. 
Só então o homem mete a foice, porque chegou o tempo da colheita. (cf. Mc 4,26-29)


Nunca desanimar na luta contra o pecado: sempre é tempo de conversão!



O agricultor esforça-se para preparar bem o terreno, retirar as pedras, arar bem a terra, adubar o solo para a sementeira; mas, uma vez semeado o grão, já não pode fazer por ele mais nada, a não ser esperar com paciência, até o momento da ceifa.
 Ele espera a terra germinar a semente, espera a chuva do céu; e somente pode tirar as ervas daninhas.



1.     O pecado é o grande mal desta vida; custou a vida de Deus morto na cruz para podermos ficar livres dele.

2.     Ele é a raiz mais profunda de todos os males. São Paulo diz que “o salário do pecado é a morte” (Rom 6,23); quer dizer, toda lágrima, toda dor e a morte, têm a sua causa primeira no pecado, desde o pecado original até os nossos pecados pessoais.

3.     O pecado é “amor de si mesmo até ao desprezo de Deus”, disse S. Agostinho (A cidade de Deus, 14,28).

Jesus veio nos trazer a libertação contra a “escravidão do pecado”. “Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com Ele, para que seja reduzido à impotência o corpo outrora subjugado pelo perguida; mas se fizeres o mal, o pecado estará à porta, espreitando-te. Tu, porém, poderás dominá-lo” (Gen 4,7).

 É possível dominar o pecado com a graça de Deus.

 Não temos desculpas diante da derrota para o pecado


. São Paulo disse que:


“Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapassasse as forças humanas.

 Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação ele vos dará os meios de suportá-la e sairdes dela” (1 Cor 10,13).


Se Deus não nos abandona na tentação, então, se caímos no pecado é porque não fizemos o que Jesus mandou:

 “Vigiai e orai para que não entreis em tentação.

 O espírito é forte, mas a carne é fraca” (Mt 26,41). Sem vigiar e orar não venceremos o pecado.


Deus avisa: “Quem ama o perigo nele perecerá” (Eclo 3,27).
Deus disse a seu povo:

“O mandamento que hoje te dou não está acima de tuas forças, nem fora de teu alcance…

 Mas esta palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração: e tu a podes cumprir” (Deut 30,11-13).

 Podemos cumprir os mandamentos de Deus e não pecar.



A Bíblia traz várias listas de pecados. “As obras da carne são manifestas: 
fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, rixas, ciúmes, ira, discussões, discórdia, divisões, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos previno, como já vos preveni: os que tais coisas praticam não herdarão o Reino de Deus” (Gl 5,19-21).


Outras listas podem ser vistas em Rm 1,28-32; 1Cor 6,9-10; Ef 5,3-5; Cl 3,5-9; 1Tm 1,9-10; 2Tm 3,2-5.

Temos de lutar com todas as forças contra o pecado porque ele nos separa de Deus e mata a nossa alma.

 São Tomás de Aquino diz que “há duas mortes; a primeira quando o corpo se separa da alma; a segunda quando a alma se separa de Deus”. Para a primeira haverá a ressurreição; mas para a segunda não há solução, a alma se separa definitivamente de Deus, é o inferno, a frustração absoluta e definitiva.


O Catecismo diz que: “O pecado mortal é uma possibilidade radical da liberdade humana, como o próprio amor. Acarreta a perda da caridade e a privação da graça santificante, isto é, do estado de graça.

Se este estado não for recuperado mediante o arrependimento e o perdão de Deus, causa a exclusão do Reino de Cristo e a morte eterna no inferno, já que nossa liberdade tem o poder de fazer opções para sempre, sem regresso”. Fonte: Prof. Felipe de Aquino Editora Cleofás.





         i.             

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